Saúde

Boa Vista tem uma das menores taxas de mortalidade infantil da região norte

Em Boa Vista, de 2010 a 2017 a taxa teve uma variação entre 12 e 14 óbitos a cada 1.000 nascidos vivos, índices inferiores à média nacional, regional e estadual.

Por SEMUC

20/08/2018

A capital da primeira infância tem superado desafios e apresentado resultados positivos em diversas áreas, tanto no social como na educação e na saúde. Um dos resultados é quanto a redução na taxa de mortalidade infantil, que nos últimos sete anos oscilou entre 11,9 a 13,6 óbitos para cada mil nascidos vivos, sendo o último índice a atual taxa de mortalidade na capital. A média nacional é menor de 15.
A taxa de mortalidade infantil é usada internacionalmente como o indicador que melhor retrata o estágio de desenvolvimento econômico e social de um país ou região, justamente por possuir relação direta com características socioeconômicas e, consequentemente, ser sensível às suas variações.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a taxa permite analisar a disponibilidade, a utilização e a eficácia dos cuidados de saúde, em especial da atenção ao pré natal, ao parto, ao recém nascido e à criança no primeiro ano de vida, além de ser utilizada para definir políticas públicas direcionadas à saúde materno infantil.
No Brasil, houve uma redução de mortalidade infantil ao longo das últimas décadas. Em 2013, das cinco regiões brasileiras, apenas as regiões Norte e Nordeste apresentaram taxas acima da meta de 15,7 mortes/ mil nascidos, proposta nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) para 2015.
Em Boa Vista, de 2010 a 2017 a taxa teve uma variação entre 12 e 14 óbitos a cada 1.000 nascidos vivos, índices inferiores à média nacional, regional e estadual. A prefeita Teresa Surita destaca que o índice reduzido das taxas de mortalidade em Boa Vista é fruto de muito trabalho e empenho.
“Temos desenvolvido um intenso trabalho que envolve um diagnóstico situacional e a criação do Plano Estratégico, integrando as áreas de saúde, educação e projetos sociais. O trabalho de prevenção à saúde e atenção ao pré-natal nas unidades básicas, além da realização de palestras e orientações com foco na redução da gravidez na adolescência, influenciam diretamente no resultado das taxas de mortalidade infantil”, disse a prefeita.
A Prefeitura de Boa Vista faz o acompanhamento regular das gestantes da capital através das equipes de Estratégia Saúde da Família e do programa Família Que Acolhe (FQA)
O analista municipal de saúde e coordenador de Vigilância de Óbitos de Boa Vista, Evaldo Vieira, vem acompanhando os dados de mortalidade no município desde 2013 e afirma que os índices apresentados são resultados de ações estratégicas promovidas pela Prefeitura.
“A partir de políticas públicas bem estruturadas, a rede de atenção básica foi fortalecida. Nesse período, foram ampliados o acesso aos serviços com a inauguração de novas unidades básicas de saúde e a melhoria na estrutura física, além de uma ampla cobertura populacional, capacitação dos profissionais para qualificar a assistência materno infantil e a criação do Núcleo de Políticas Estratégicas com políticas voltadas especificamente para a saúde da mulher e da criança”.
Segundo o secretário municipal de saúde, Cláudio Galvão, a parceria e a integração de outras secretarias municipais envolvidas são importantes e válidas. “Estamos trabalhando sempre em parceria e apoio das secretarias de Educação e Gestão Social. Temos hoje implantados projetos, programas e grupos operativos que vêm somar e contribuir para os bons resultados alcançados nos últimos anos”, afirma o secretário.
A Prefeitura de Boa Vista faz o acompanhamento regular das gestantes da capital através das equipes de Estratégia Saúde da Família, além de dar suporte também às gestantes do programa Família Que Acolhe. As unidades desenvolvem estratégias para incentivar a adesão ao pré-natal como grupos, hidroginástica e o projeto “Clique Mamãe Sou Eu”.
Dados - Em 2017 foram feitas 18.267 consultas de pré-natal nas unidades básicas de saúde, em Boa Vista e de janeiro a julho deste ano já foram atendidas 3.366 gestantes. O atendimento envolve consultas de rotina com médicos e enfermeiros, além de exames e palestras sobre aleitamento materno, puerpério e saúde do bebê.