Saúde

Puericultura - Mães atendidas em posto de Saúde do Pricumã participam de atividades que fortalecem vínculo com os filhos

A mamães prenderam como fortalecer o vinculo afetivo com os bebês através da massagem.

Por Jéssica Ferri

21/02/2019

A manhã desta quinta-feira, 21, foi um dia especial para mães e bebês do grupo de puericultura da unidade do Pricumã, onde receberam diversas orientações das equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF). É com foco nesse relacionamento que a Prefeitura de Boa Vista tem trabalhado para fortalecer o laço entre as unidades básicas de saúde e a comunidade.

A reunião foi organizada pela agente comunitária de saúde Mileide da Costa e contou com cerca de 20 mães, que aprenderam como fortalecer o vinculo afetivo, promover mais calma, e diminuir cólica dos bebês através da massagem Shantala. Além disso, puderam compartilhar as experiências da rotina com o novo pequeno membro da família, no caso das mamães de primeira viagem.

Mileide organizou a ação com base nas demandas ouvidas das mães durantes as visitas domiciliares. Para ela, a importância de estar em constante contato com a comunidade é poder traduzir para o serviço de saúde os anseios da população.

“Nós somos o vínculo da unidade, da Estratégia Saúde da Família com a comunidade. Porque a gente tem esse acesso às casas, ver a necessidade. O mais importante que eu acho do vinculo é levar saúde para eles, o esclarecimento, porque a gente como agente de saúde a gente leva para eles esclarecimentos”, destaca.

Mileide da Costa – agente comunitária de saúde

Desde que assumiu a gestão em 2013, a prefeita Teresa Surita tem investido na atenção primária para fortalecer a promoção da saúde nas comunidades. O Modelo de atenção à saúde na Atenção Básica de Boa Vista é a Estratégia Saúde da Família (ESF). Ao todo, Boa Vista possui 88 médicos atuando nas unidades básicas de saúde. Boa Vista conta com 57 equipes de ESF, em 2013 eram apenas 15.

A estrutura de uma equipe ESF é multiprofissional composta por médico clínico geral ou especialista em Saúde da Família, ou médico de Família e Comunidade. Além de enfermeiros, dentistas, técnico de enfermagem e agentes comunitários de saúde.

A puericultura atua na prevenção e promoção da saúde da criança nas unidades básicas de saúde. A primeira consulta do recém-nascido deve ser feita na primeira semana de vida com o teste do pezinho, preferencialmente entre o 3º e 5º dia de vida. A médica da unidade, dra. Maria Vauliam, explica que nas consultas de puericultura são estimulados os hábitos saudáveis da criança para que ela cresça e se transforme em um adulto saudável.

“O grupo de puericultura é um grupo mais que importante, porque a gente vê ele como uma continuação de um trabalho que começou lá no pré-natal. Todas as nossas mãezinhas a gente já conhece. É um momento, como eu falei, de elas se verem no corredor e ver o bebê umas das outras, trocar experiências e fazer o acompanhamento tanto do crescimento e desenvolvimento da criança, orientação sobre alimentação e amamentação”, explica a médica.

Maria Vauliam – médica da unidade

Todas as mães participantes do grupo de puericultura fizeram o acompanhamento pré-natal na unidade, muitas delas desde o primeiro filho, como é o caso da Lilia Vaz, 29 anos, mãe do Joaquim, 4, e do Valentim, de 6 meses.

A gente ganha um conhecimento, um apoio de uma equipe que acaba de tornando uma família, parte da família, porque desde o meu primeiro filho eu tenho esse acompanhamento. Todo mundo da unidade é sempre receptivo, desde as meninas da recepção, os agentes de saúde, a própria doutora, as enfermeiras, sempre foi um acompanhamento de família mesmo”, conta.

Lilia Vaz – usuária da unidade

Mãe pela primeira vez, Thalita Yuri Paulo, 29, sabe muito bem da importância de um acompanhamento de qualidade para a saúde do Benjamim Emanuel, 6 meses. “Esse suporte é muito bom, porque a gente que é mãe de primeira viagem fica perdida. A gente tem aquela barriga e aí você entende que é realmente mãe quando você pegas nos braços, aí você fala ‘O que que eu vou fazer’. E quando você tem esse acompanhamento, esse cuidado, ele é muito importante porque as vezes a gente não tem família por perto, não tem amigos por perto”.

Thalita Yuri Paulo - usuária da unidade