Agricultura e Pecuária

Comunidades indígenas - Merenda escolar é reforçada com safras produzidas com auxílio da prefeitura

Os investimentos feitos pela Prefeitura de Boa Vista no agronegócio estão rendendo bons frutos, principalmente para as comunidades indígenas. Ganham os agricultores e as crianças, que estão recebendo reforços na merenda escolar

Por Emanuele Pasqualotto

11/03/2019

Os investimentos feitos pela Prefeitura de Boa Vista no agronegócio estão rendendo bons frutos, principalmente para as comunidades indígenas. Ganham os agricultores e as crianças, que estão recebendo reforços na merenda escolar com o que é produzido com o auxílio da Secretaria Municipal de Agricultura e Assuntos Indígenas (Smaai).


Prova disso é o projeto HF (Hortifruti), desenvolvido em oito comunidades indígenas, localizadas na área rural de Boa Vista. Uma delas é a Vista Alegre. O projeto consiste em transmitir as técnicas de condução das culturas de melancia, melão, abóbora, feijão, macaxeira, dentre outras, e proporcionar o aumento da produtividade.


O Hortifruti é o primeiro projeto a ofertar a tecnologia da fertirrigação para lavouras em comunidades indígenas no Estado de Roraima. E os resultados positivos já começam a aparecer. A lavoura de melão da comunidade já está sendo produzida.


Só nesta safra, já foram seis toneladas da fruta, na qual uma parte foi destinada para a comunidade e o excedente está reforçando a merenda das crianças de quatro escolas municipais das Comunidades Vista Alegre, Darôra, Ilha e Campo Alegre por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).


De acordo com o agricultor indígena Dinarte Pereira da Silva, responsável pelo projeto na Comunidade Vista Alegre, os resultados melhoraram muito a renda da comunidade e a alimentação tendo em vista a qualidade da fruta colhida.


“A prefeitura entrou com a parceria com a comunidade trazendo o projeto HF para cá. Eu me prontifiquei a trabalhar nessa lavoura e estamos colhendo seis toneladas de melão, é um produto que produz bem aqui na comunidade e eu estou muito satisfeito com o apoio da Prefeitura, só tenho a agradecer, pois se não fossem eles não estaríamos produzindo”, disse.



O técnico Agrícola da Secretaria de Agricultura, Ariosto Brito, acompanha o projeto desde o começo e enfatizou que a meta é no futuro fazer com que os agricultores indígenas possam melhorar ainda mais as lavouras e a renda da comunidade de forma independente.


“O objetivo é despertar nos produtores das áreas indígenas e ensinar que fazendo direitinho, irrigado e com a tecnologia, é possível alcançar bons resultados como aqui na comunidade Vista Alegre com o plantio do melão. Além disso, uma parte da produção é destinada para a comunidade e o excedente é entregue para as escolas municipais através do PAA. Está todo mundo contente e vem dando certo”, destacou.