Economia

Prefeitura adia segunda etapa de reabertura do comércio por falta de leitos no HGR

O motivo é a falta de leitos de UTI específicos para a covid-19 no Hospital Geral de Roraima (HGR) que estariam em manutenção.

Por Fábio Cavalcante

30/07/2020

A segunda etapa do Plano de Retomada Gradual da Economia, prevista para a próxima semana, será adiada. O anúncio foi dado pela prefeita Teresa Surita nesta quinta-feira, 30, por meio de uma live nas redes sociais. O motivo é a falta de leitos de UTI específicos para a covid-19 no Hospital Geral de Roraima (HGR) que estariam em manutenção.

Academias, personal trainers, bares e restaurantes e demais espaços públicos seriam os beneficiados pelo plano na próxima semana. No entanto, atualmente, a taxa de ocupação dos leitos está em 71,7%, o que inviabiliza o início da segunda etapa, uma vez que o mínimo que se preconiza é o de 70%.

De acordo com a prefeita, a atual taxa está diretamente atrelada à estrutura da saúde estadual, ocasião em que leitos no Hospital Geral de Roraima (HGR) foram colocados pelo Governo de Roraima para manutenção na última semana e ainda não foram disponibilizados à população.

“A gente tem muita dificuldade de saber números claros do HGR, inclusive de saber se todas as pessoas que estão na UTI estão com a covid-19, se os números de leitos diminuíram e não aumentaram mais. Então, é uma série de situações que nós não temos respostas com clareza. Mas nós temos responsabilidade com as pessoas. E por isso, em função dessa situação, nós não vamos poder dar o segundo passo para a reabertura do comércio”, disse Teresa.

A continuidade do plano dependerá, segundo a prefeita, da regularização do número de leitos. Por isso, é necessário que o Governo do Estado disponibilize os leitos que estão em manutenção, diminuindo assim a taxa de ocupação da unidade, o que viabiliza o prosseguimento do plano de reabertura do comércio.

Enquanto isso, Teresa orienta que a população cumpra com as medidas de segurança já determinadas, como evitar aglomerações, higienização com álcool em gel e uso das máscaras, item obrigatório desde o decreto do dia 20 de julho. Apesar da liberação dos espaços públicos, é extremamente importante que se evite ir às ruas, principalmente se tratando de crianças e outras pessoas mais vulneráveis.

“Não é momento de esportes coletivos. Evitem levar seus filhos às praças. Tivemos aumento de crianças que se machucaram, porque os pais passaram a levar suas crianças para as praças como se nada tivesse acontecendo, como se a doença já estivesse resolvida. E não está. Lidar com a covid ainda não tem solução, não há vacina. Por isso, eu peço a colaboração das pessoas”.